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domingo, 14 de novembro de 2010

A ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIEMNTO COMO GESTÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES

OLIVEIRA, Jayr Figueiredo de; SILVA, Edison Aurélio da. Gestão Organizacional: descobrindo uma chave de sucesso para negócios. [S.l]: Editora Saraiva, 2006.

“A administração do conhecimento reflete a organização capaz de se renovar e inovar continuamente. É um conceito que envolve o coração e a mente dos funcionários em uma mudança contínua, harmoniosa e produtiva, projetada para atingir os resultados desejados pela organização.”

A Administração do conhecimento, busca implementar na organização uma visão holística nos funcionários, trabalhando com a capital intelectual de cada indivíduo e com o conhecimento organizacional, buscando uma gestão participativa, uma interação, coletividade e cooperação, através de trocas de informações e conhecimento interno, em busca da inovação na execução de atividades e idéias, sendo assim hoje, uma nova ferramenta de gestão estratégica e competitividade entre as organizações.

“no âmbito das organizações o conhecimento pode ser explícito e tácito.”

Conhecimento explicito é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado em textos, desenhos, diagramas, etc. assim como guardado em bases de dados ou publicações. Já o conhecimento tácito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das pessoas. É importante ressaltar, que muitas vezes o conhecimento é confundido com a informação, no entanto, vale salientar que o conhecimento se configura mais em um universo de significados formulados ao longo da vida de um ser humano. A informação, portanto é um processo do conhecimento, a medida que o ser humano é capaz de relacionar, em seu contexto, várias informações desenvolvendo um sistema integrado de compreensão de significados, ele está construindo conhecimento.
Vale ainda salientar os quatro tipos de conversão de conhecimento, derivados da combinação entre os dois tipos de conhecimento, que são: a socialização (tácito para tácito) é a conversão do conhecimento pela observação e experiência, é uma criação e desenvolvimento de conhecimento semm qualquer introspecção, portanto a socialização é limitada e isolada. A externalização (tácito para explícito) criação de conhecimento atarvés da comunicação, interação e reflexão entre indivíduos sobre o que está
formalmente expresso. Já a combinação (explícito para explícito) é a criação de novos conhecimentos a partir de conhecimentos já existentes. Por fim, a internalização (explícito para tácito) este consiste em trazer de volta ao estado tácito, um conhecimento já divulgado/socializado/externalizado através de registro em qualquer suporte, trata-se portanto de uma compreensão, aceitação e internalização do conhecimento na organização. Assim sendo,

“A administração do conhecimento deve ser particularmente hábil na gestão do conhecimento organizacional, uma vez que o aprendizado não deve ser reativo, mas intencional, eficaz e conectado ao objetivo e à estratégia da organização [...].”

Isso porque ela deve buscar desenvolver os conhecimentos e habilidades dos seus funcionários capacitando-os para a compreensão no uso do capital intelectual e conhecimento organizacional como estratégias na gestão organizacional, como uma ferramenta de ação eficaz. Por isso,

“A administração do conhecimento cultiva uma visão holística [...].”

Isso pelo fato da administração do conhecimento buscar por uma gestão participativa, onde as atividades aconteçam de forma coletiva e integrada, compreendendo que isoladamente as pessoas não conseguiriam executar. Portanto, a administração do conhecimento, busca por desenvolver um conjunto de técnicas, posturas e condutas dedicadas ao zelo do saber organizacional, e assim chegar a Gestão do Conhecimento (GC), que se configura no contexto organizacional, mas como a maneira de SER do que de TER, é uma conquista e não uma aquisição da organização.

“No contexto da administração do conhecimento, existem três tipos básicos de aprendizado organizacional: aprender como melhorar o conhecimento organizacional (aprimorar), aprender a criar o novo conhecimento organizacional (inovação) e disseminar ou transferir o conhecimento para várias unidades da organização (ensinamento).”

Isso é possível, através de uma visão holística, que permite que o funcionário trabalhe a cultura da organização buscando por um estilo organizacional que rompa com as característica de comando e controle e passe a implementar uma gestão participativa, através de uma visão compartilhada, considerando o ser humano como o criador e difusor do conhecimento, por meio de um trabalho criativo e coletivo. Para que isso ocorra, no atual contexto, a administração do conhecimento, considera qualitativamente em equilíbrio

“[...] as três dimensões constitutivas da organização do conhecimento:dimensão da infra-estrutura organizacional [...], dimensão das pessoas [...], dimensão da tecnologia [...].”

Essa Três dimensões são estratégias executadas pela administração do conhecimento para a organização se tornar hábil a Gestão do Conhecimento em prol do aprimoramento, inovação e ensinamento.
No contexto das organizações essas três dimensões tem por obejtivo implementar em seus gestores uma visão holística, trabalhando a cultura da organização e buscando um estilo gerencial que rompa com as características de comando e controle,
passando a ser uma gestão participativa. Nesse contexto a figura do líder e seu perfil funcional assumem novas configurações, através de uma visão compartilhada, que destaca a necessidade de se considerar o agente humano nas organizações como artífice criador do conhecimento por meio de um trabalho criativo, cooperativo e coletivo. E ainda, o uso das tecnologias, como facilitadoras dos processos de armazenamento, preservação, busca e recuperação da informação, com o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), no uso de computadores e softwares capazes de lidar com texto, som, imagem, vídeo e áudio.
Por fim, a gerencia do conhecimento nas organizações pode ser realizada com apoio, influencia e importância de outros processos e abordagens organizacionais como: a gestão de competências, a gestão de conteúdo, a aprendizagem organizacional, a inteligência competitiva, a educação corporativa e a gestão por processos.

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